Uma selecção à deriva

 

Rui Antunes

 

23/06/2014

 

Não muito a considerar sobre o segundo jogo no Mundial, frente aos Estados Unidos.

 

Fico-me pelas ideias principais:

 

1) O jogo com a Alemanha, afinal, não foi um acidente de percurso;

 

2) A equipa está mal preparada fisicamente e é incapaz de reagir com energia às condições atmosféricas;

 

3) A cabeça também não funciona e alimenta o corpo de ‘combustívelem caso de emergênciacomo no início do jogo e após os EUA terem dado a volta ao marcador;

 

4) Será por isso que a bola ‘queimanos pés de tantos jogadores? O certo é que não uma ideia de jogo nesta equipa: é cada um a fazer o seu número e, em caso de apuros, ‘deixa ver onde anda o Ronaldo’;

 

5) William Carvalho rende muito mais na posição de médio defensivo do que Miguel Veloso;

 

6) A lesão de Fábio Coentrão mostrou que os críticos de Paulo Bento tinham razão: nem André Almeida, nem Miguel Veloso têm andamento para ocupar o lado esquerdo da defesa a este nível. Não alternativa entre os 23 convocados;

 

7) O seleccionador quis levar os homens da sua confiança ao Mundial e não vejo problema por causa disso. Mas arriscou ao escolher meia equipa presa por arames e paga caro por isso;

 

8) Se Portugal voltar a não conseguir correr frente ao Gana, será atropelado na despedida do Brasil.

 

rui.antunes@sol.pt